20/11/2011

A Publicidade

Queridos Amigos,

Gosto de publicidade, influencia-me e inspira-me.

O que eu fico furiosa é com marcas que só vendem porcarias (desculpem o termo) que já ninguém usa, que parecem saídas de uma quermesse de coisas usadas de há 20 anos, que as pessoas não compram porque para lixo já têm muito em casa e não pagam por ele. No caso, falo de uma marca de roupa de que já ninguém fala, não se vê numa única produção de moda, numa única revista, num único blog porque, simplesmente, perdeu todo o interesse. Deixou de ser usada porque não se actualizou, não cuidou de pensar nas pessoas e no que elas gostam, não vende e está decerto em falência ou pre falência, sem dinheiro para pagar publicidade de jeito e que, de repente, por roubar abusivamente a imagem de figuras públicas, aparece em todos os telejornais e em todo o sítio, sem pagar um cêntimo, nem pelo uso da imagem dessas pessoas (que, ladra, roubou) nem pelo tempo de antena (se fosse contratar uns top models tinha de lhe pagar…) . Não vou falar da marca porque não caio na rasteira manhosa que lançou para, de forma rasca (desculpem o termo), ignóbil e grátis, pôr as pessoas a falar dela.  Maneira rasca porque foi a pior de todas, roubando às pessoas o direito à imagem que têm, abusando-as e utilizando-as nos anúncios mais chulos (desculpem o termo) que já vi. Direito à imagem, em primeiro lugar, de não ser associadas a uma marca de roupa que só vende monos e faz porcarias, a que toda a gente é indiferente e que não diz nada a ninguém. Um marca que não se impõem por oferecer às pessoas coisas de que elas gostem, mas através de expediente manhosos e traiçoeiros   de, sem autorização, roubar a imagem a que todas as pessoas têm direito, sem excepção, gostemos delas ou não.


Chega de falar de porcarias.

Ao contrário: há marcas que nem sequer fazem publicidade e vendem, vendem, vendem, simplesmente porque conseguem interpretar a moda, conhecem os clientes (gostos, necessidades,...) e oferecem tudo para todos os gostos, feitios, idades (às vezes não tamanhos...). É o caso da Zara: a Zara simplesmente não faz publicidade. Mas tem sempre filas nas caixas de pagamento. Porque agrada a todos: tem colecções para adolescentes, mais baratas, outras de básicos, outras de senhora e, há um par de anos, a linha Studio (sou fã) só em alguma lojas.

Depois a Sueca H&M conseguiu pôr as pessoas a usar marcas de alta costura e isso foi tão falado, tão falado, tão fotografado que foi a melhor e mais inteligente forma de divulgação da marca. Isso já aconteceu no ano passado (Inverno 2010) com a Lanvin

E este ano em parceria com a Versace





Não houve revista, programa sobre moda que não falasse disto, não houve "it girl" que não aparecesse com estas peças. E toda a gente fala e especula sobre a próxima parceria da H&M. Pois ficamos ansiosos por saber e lá estaremos!
O primeiro dia de vendas desta colecção na H&M Chiado (passado dia 17.11.2011):


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(Fonte:http://lifestyle.publico.pt/noticias/296970_partida-largada-versace)
Isto, sim,  é publicidade.

Outro caso de sucesso é o da Lacoste, que o director criativo José Oliveira Baptista (Português, açoriano de origem!) está a revolucionar e actualizar de uma maneira encantadora e que apetece comprar, num apelo a "defender a sua singularidade", respeitando todo o passado da marca  e desenvolvendo um "unconventional chic" que vale a pena espreitar!
Ora vejam o que escolhi:









Gostei, gostei muito. E vocês, gostaram?
Beijos,
Maria

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