28/12/2011

O Natal no Porto

Queridos Amigos,

Este Natal foi no Porto.
Um Porto lindo, cidade de uma elegância discreta ancestral. Com a família (quase) toda.
E nem vou falar aqui das ementas soberbas - acho que nunca comemos tanto e tão bem - porque a minha irmã é uma cozinheira fenomenal. Tira receitas de tudo o que gosta e do que quer experimentar. Só ela continua a fazer o leite creme como a minha avó - que era, literalmente, o melhor do mundo - que ninguém consegue fazer igual, porque a minha irmã, assim como a minha avó, não usa balança, faz tudo a olho. Durante anos a minha irmã não teve balança em casa (e acho que ainda não tem). Tanto se inspira nos "clássicos" da Maria de Lurdes Modesto, como vai ao site da Nigella Lawson e sai com os melhores manjares. Vai à Escócia e traz o Sticky Toffee Pudding e fá-lo o melhor bolo do mundo.
E gosta de cozinhar e cozinha como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Ou seja, de repente está tudo feito, sem ninguém dar conta.
A minha irmã é um fenómeno. Foi operada aos pés há um par de semanas e continuou assim, como se nada fosse. Está sempre presente quando é preciso e nunca falta. Depois, para mim, como é a minha irmã mais velha, é como se tivesse autoridade, não sei explicar porquê.
Quando éramos pequenas eu andava sempre a falar (chamavam-me grafonola) e ela disse-me que a voz se gastava porque era um fio enrolado na garganta e eu passei a falar menos. Um dia pegou no meu irmão mais novo acabado de nascer e levou-os a um lar de irmãs que era ao lado da nossa casa para lhes mostrar o bébé. Um dia, talvez para nos meter na cama, a mim e a outras das minhas irmãs, disse-nos que à noite os pássaros dos cortinados ficavam vivos e saiam de lá (os cortinados eram muito bonitos, com flores, ramagens e pássaros) e nessa noite as duas mais novas não pregámos olho mas também não saímos da cama. Tinha uma imaginação que só visto. Agora continua a contar histórias, mas já não são inventadas. Os meus filhos estão sempre a pedir-lhe que lhes conte histórias. Também é uma pessoa tranquila que nunca antecipa aflições. É sempre optimista e diz que se preocupa quando tiver de ser. Há dias disse-me uma de sabedoria que me ficou: quando uma coisa me custa e eu não posso mudá-la, tento não pensar nem falar nela.
Faz roupas para ela, para as filhas, faz tricot (eu também e hei-de voltar a isso neste blog, que agora voltou a estar na moda e está o Scott Shuman, The Sartorialist, fotografou umas ultra estilosas a fazer tricot!). E não pensem que é dondoca, porque isto tudo são passatempos porque ela trabalha no duro fora de casa, "de sol a sol"...
Entretanto, as minhas sobrinhas são as sobrinhas mais giras do mundo e inspiram-me muito porque são "muito à frente" em termos de descobertas de coisas giras, de combinações, de estilos e ... gadgets baratos.
Aqui fica, queridos leitores a maravilhosa reportagem fotográfica do cais de Gaia sobre o anfiteatro do Porto.
Lindo! E, claro, vou aqui mostrar as sobrinhas mai'lindas!















A luz altera-se porque a hora avança para o momento mágico do por do sol

































E neste blog não pode deixar de se mostrar os estilos ....










































O casaco é vison tricotado com gola de raposa (fur! fur! fur!) da Maitê Campo de Ourique, o vestido (um forno e tinha outro por baixo!!!!!) é da Zara colecção passada, botas da La Redoute e mala Mulberry da Fashion Clinique.

E agora o melhor....



































Todas as fotografias foram tiradas por Maria Vieira. Obrigada Maria!


E, claro, passei na Ourivesaria Rosas. Se não é a melhor de Portugal, é uma das melhores. Visito-a  por amizade mas sempre como a um museu: para ver coisas bonitas porque tudo o que tem - tudo, sem excepção  - é bonito, muito bonito. Mas do "Rosas" vou falar noutro post porque merece. Pode visitá-lo já AQUI
E não vim de mãos a abanar, mas vim com muita pena por este par de galos ter eleito outro destino que não a minha casa, aonde já tinham lugar marcado e tudo. São a minha perdição e eu achava que o lugar deles era a minha casa e que aqui eram mais felizes. Que pena... Já lá não estavam....





Beijos
Maria

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