25/01/2012

Revivalismo, vintage ou uma questão de lifestyle

Queridos Amigos,Em primeiro lugar vou pedir um favor: quem souber onde posso arranjar um relógio destes da Casio diga-me que eu, deixo tudo, e vou lá direitinha buscá-lo. Ando simplesmente doida para ter um no pulso! Deixo tudo é uma forma de dizer. vou mesmo, isso é certinho.
Eis uma tendência que se instalou em todos os meios, em todas as idades, com inúmeras origens, das mais diversas proveniências,  em todas as áreas: arte, design, moda, arquitectura, gastronomia, agricultura, passando pela filosofia e pela economia (crescimento sustentado), pela gestão e, claramente, pelo ambiente e que eu penso que poderia chamar-se o ir à origem das coisas. Impressionante.
É nesta onda que vem o interesse geral pelo vintage, o revivalismo agora -por vezes magistralmente -adaptado à contemporaneidade

E eu penso que a própria crise também está a "empurrar" nesse sentido.  Penso que não se pode chamar revivalismo. Porque é mais profundo e mais transversal. Do que se trata é mesmo disso: ir à origem das coisas, da essência do que as coisas são, da sua proveniência e do seu destino, da verdade que o seu ser contém e, ao mesmo tempo, encerra e mostra.
A agricultura e a  gastronomia. Nunca como agora se fala tanto do autêntico sabor das coisas e de o manter a sua frescura que é não mais do que manter a sua essência. Basta pensar em tudo o que disseram e fizeram os  melhores chefes do mundo inteiro reunidos no festival gourmet do Algarve.
O mesmo na arquitectura, nos móveis - começaram a estar em moda, mais do que nunca, os modelos icónicos dos anos sessenta que há uns anos atrás eram quase desprezadas, os padrões de papel de parede e tudo isso (se chegar ao fim vai ver!).
Vem isto a propósito de que nós realmente quando fazemos opções são sempre racionais e dessas opções pode-se fazer sempre um juízo: são boas ou más (ou assim-assim?) porque são racionais. Se não fossem racionais não eram boas nem más. Mas nós somos seres racionais e é assim mesmo (uns mais que os outros porque alguns não devemos muito à inlteligência, mas também não se pode ter tudo nesta vida). Faz parte da vida e o melhor é mesmo assumi-lo sem tabus.
Ora ... imaginem... vem isto a propósito desta rapariga revivalista que anda assim:




E assim:



E que já pôs a rapaziada assim:




Bem: o primeiro relógio da Casio que eu comprei - há mais de dois anos - foi no maravilhoso centro comercial dos indianos. No Martim Moniz. Porque não havia em mais lado nenhum. Eu estava para comprar um preto em borracha e o senhor - não imaginava o boom que estes relógios depois vieram a ter! - disse-me que, se calhar, era melhor eu não levar aquele porque era mais apropriado para ... os  trabalhadores das obras.

Depois disso, muito tempo depois, descobri uma ourisevaria ao lado do meu escritório que começou a vender estes relógios.

Questionados os meus colegas sobre o meu, a resposta de um deles define tudo: "suscitam-me sentimentos contraditórios." Sentimentos bons porque seguramente se lembrava destes relógios no pulso do pai e de alguma nostalgia e sentimentos de perplexidade porque já tinham caído no esquecimento com as modas dos relógios de griffe caros.

O final da história é que todos os meus colegas (excepção do que dá o nome ao escritório, claro....:) compraram um relógio destes para as suas mulheres que, claro, adoraram! O assessoramento foi só preciso para escolher entre o dourado ou o prateado, mas foram todos aviados com um relógio destes para as mulheres.

Naqueles meios, eu sou a melhor vendedora destes relógios e só à minha conta já foram não sei quantos (devia pedir comissão, não?). Embora - confesso - eu tenha pena de não os estar a comprar no Martim Moniz, nesse centro comercial que me deixa inebriada de cheiros e mundos diferentes...Insensos, especiarias,...

Estes relógios são o máximo, por inúmeros motivos que aqui não vou descrever porque o texto vai longo.

Mas o que eu queria era o que tem a máquina calculadora. ía dar-me um jeitão daqueles... (no supermercado sabia logo qual o mais barato: o que tem 130 unidades e custa 15, 90 euros ou o que tem 90 e custa 12 euros. Não vos acontece isto permanentemente?)


E, de repente, lembro-me aqui destes objectos "de culto", mas agora tão fashion:























a propósito deste tema do Philippe Starck...



E do António Gaudi revisitado que não fez apenas arquitectura mas desenhou móveis, como estes que agora nos lembram tanto os que andam para aí:


 
 



















Ou de Frank Lloyd Wright que também desenhou estes móveis...

 






... e esta casa...




E destes frigoríficos que ... são de agora!

 

E da morphy richards, uma das minhas preferidas em design de electrodomésticos!


Main product photo of Morphy Richards Cherry Red Accents Traditional Kettle


Bom, e por último, se não conseguirem dizer-me onde encontro  o relógio da Casio com que iniciei este post, não me importo que sejam estes que também têm máquina calculadora.

So fashion!!!! E autênticos! e.. não cumprem só a sua função, como são calculadoras.
... ai quem me dera! no meu pulso, claro!










Bisoux!
Maria






Sem comentários: