13/06/2012

Lana Del Rey: un fenómeno. Sim! De formosura e de regresso às origens.


Lana del Rey: adoro a voz, límpida, cristalina, a melodia, a melancolia calma, a ternura.
Adoro o estilo cuidado, o ar frágil, a doçura comedida, a feminilidade assumida sem equívocos. Neste sentido, personifica, ou talvez melhor, exemplifica encarnando, a FORMOSURA.
Adoro o regresso às origens que ela representa e que ama de paixão seguramente, como tão bem demonstra no "Vídeo Games" que não me canso de ver e ouvir!
Gosto do cabelo sempre cuidado e penteado como se estivesse a viver nos anos sessenta. Adoro a maquilhagem. Adoro o conjunto.
E, de repente, lembro-me da Dalida (e não apenas eu, claro...).
Ambas são a encarnação de intemporalidade do estilo e da formosura.
Mas...  Mas... Mas...

A Dalila: nasceu no Cairo em 1933 e morreu em 1987, com 54 anos. Um ícone da "Chanson Francaise", com carreira em França, mas com êxito no mundo inteiro. A última canção gravou-a em 1986. Morreu triste e tragicamente. E, falarei disto porque não podemos contar a história só "por fora".

A Dalila era assim:












Place dalida.JPG

 Busto da Dalida na Praça que tem o seu nome em Montmartre, Paris.


Lana Del Rey




~





















Lana Del Rey:"Video Games"




Dalila numa das canções de fim de carreira que cantou com o seu amigo Alain Delon, homem de estilo intemporal. É uma canção para namorar, sem dúvida . Para amar. E têm razão nesta canção: "amores são obras e não boas razões."
Dalila e Alain Delon em "Paroles, Paroles"




A Dalila suicidou-se com 54 anos no auge de um êxito sem fim, com uma dose letal de barbitúricos no dia 3 de maio de 1987. Tinha tudo: beleza, uma voz que encantou e enfeitiçou  o mundo, um talento maior do que ela, tudo o que o mundo lhe podia dar, saúde e, para definir o sítio aonde estava, só podemos dizer uma palavra: o topo. Tinha acabado de gravar, cantar ao vivo nas melhores salas mundiais (Broadway, Olympia,..,...) e, com a sua música e a sua voz, tinha acabado de intervir nos melhores musicais e filmes de sempre, estava ligada aos nomes mais sonantes da música mundial. As canções que cantou e gravou são intermináveis.Após 31 anos de sucesso absoluto, num corpo e numa cara de uma beleza únicas, vivia completamente sozinha e, angustiada e - contam as suas biografias - "completamente arrependida por passar a sua vida inteira dedicada à sua carreira e a homens que só a fizeram sofrer e a privaram do seu maior desejo: o de ser mãe."
Penso que a canção em que ele própria explica a razão  do seu sofrimento - já muito perto do termo da sua vida - é esta que aqui deixo: "Je suis malade" (Eu estou doente).
E a Lana Del Rey? É o sucesso do momento. Gostamos muito das suas canções. Sem dúvida. E queremos muito que ela continue a cantar com esta voz e este estilo maravilhosos.
Mas não gostamos do conto de fadas e concordo com a Garance Doré que, a propósito, escreveu isto, no blogue que tem o seu nome:
"Le mystère d’une jolie fille qui se transforme soudainement en bombe surnaturelle et qui rencontre le succès, ça fait couler beaucoup d’encre. Ça fait peur, ça fait rêver, ça fait hurler à l’opération marketing et surtout ça en dit beaucoup sur le monde dans lequel on vit. Et on a envie de dire à sa petite soeur noooooooon ooh oh oh c’est pas comme ça que ça marche, il ne faut surtout pas croire ce genre de conte de fées !" Que eu traduzo assim:
"O mistério de uma rapariga bonita que se transforma subitamente numa bomba sobrenatural e que encontra o sucesso faz correr muita tinta. Faz medo, faz sonhar, faz mostrar a operação de marketing e sobretudo  diz muito do mundo em que vivemos. E nós queremos dizer à sua irmã pequena que nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao é assim que as coisas funcionam, sobretudo é preciso não acreditar neste género de conto de fadas."
Porquê? A resposta acho que a encontramos na vida destas pessoas  do mais talentoso, do mais bonito que podemos encontrar e cujas vidas acabaram cedo de mais porque eles, de uma forma ou de outra, lhe puseram termo:
Jimy Hendrix
Amy Winehouse
Janes Joplin
Jim Morrison
Kurt Cobain
Heath Ledger (ator de que eu gostava tanto!!!! Morreu com privação do sono,  de overdose, possivelmente acidenral e não suicídio) 
Ian Curtis (vocalista dos Joy Division)
Bob Welch (Fleetwood Mac)
Marylin Monroe (36 anos)
Alexander MacQueen
Robert Enke (futebolista alemão)
David Carradine
Erness Heminguay
Margaux Heminguay (41 anos, bonita que só vê-la)
Vincent Van Gogh (depois de semanas de intensa atividade criativa em que pinta, em média, um quadro por dia, em 27 de julho de 1890, Vincent dirige-se ao campo onde disparou um tiro contra o peito. No entanto, sem certezas, ter-lhe-á sido diagnosticada esquizofrenia e doença bipolar do humor que o terão levado a cometer este ato em desespero de doença)
Frida Khalo (overdose com causa não conclusiva)
(...)
(...)
(...)
etc.

"Je suis malade". Eu gostava de lhe ter dito que também eu estou doente. Como ela. Mas com uma diferença: eu conheço a cura.

E que Deus me ajude a viver sempre com os pés bem assentes na terra, que o mesmo é dizer: "a fazer o que devo e a estar no que faço". Isso e o resto é o remédio para o meu "je suis malade" (= a minha doença), o caminho certo - seguro - do meu destino, da minha felicidade,  da minha paz. Sem êxito, com crise, sem estar no topo do mundo e venha o que vier. Aconteça o que acontecer. Doente da garganta, como estou hoje - todo o santo dia em casa - por causa do frio que apanhei ontem nos Santos Populares.




PS: Bem, bem, tinha de vir para aqui isto: eu disse sem êxito, mas devia ter dito "com algum êxito" que não me posso queixar na minha profissão que sou advogada mas ilustre ou muito ilustre, como queiram: é só escolher. E este blogue... bem agora só digo os números de entradas de 10.000 em 10.000. Cada vez que penso que fiquei completamente perplexa quando as entradas neste blogue chegaram aos 1.000!!!! Este post ia muito bem,mas neste P.S voltei ao formato insuportável, convencida e parvinha, mas isto dá-me vontade de rir! Bolas, só a falar de dramatismo! Irra! Não pode ser!


PORTUGAL GANHOU. EU QUERIA QUE TIVESSE SIDO À ALEMANHA PARA ME VINGAR DA MERKLE QUE ANDOU A DIZER QUE NOS REFORMAMOS AOS 50 ANOS. MAS GANHAR AOS DINAMARQUESES JÁ NÃO FOI MAU. NADA MAU MESMO.

Beijos da vossa Maria.

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