08/10/2013

Não está "tudo bem", não. Assim não.

Há dias vi um rapaz que caiu de bicicleta, não se conseguia levantar, de certeza com algum osso partido e ninguém parou para o ajudar. Ninguém. Só um polícia e não sei se por dever de ofício se por dever de ajuda que todos temos. Que mundo é este?
Depois passam ao lado e não querem saber das pessoas que, por ausência de qualquer atributo, são qualificadas de "deficientes". Pessoas como nós, como eu, ou se calhar melhor do que eu e do que os energúmenos que andam neste mundo como se não houvesse mais nada para além da choldra deles. E depois vêm com a trampa da "dignidade" e os indignos e anormais são eles. Monstros que só se conseguem ver a eles próprios.
Raça de gente!
O pior é que estas coisas têm efeito de retorno e este egoismo gera egoismo e à hora que esta gente precise de ajuda, vai encontrar um enorme vazio. A mesma e cruel indiferença com que tratou os outros. Apetece-me dizer bem feito! merecido! Mas não vou desejar isso.
Eu acho que um dos grandes problemas do mundo de hoje é esconder o sofrimento e as pessoas que sofrem. É não ajudar, é não pensar nisso. E assim não conseguem ser felizes. Pensam que se "varrerem para baixo do tapete" passa. Ou se passarem por cima com a história da "dignidade" mal entendida isso passa. Mas não passa. Agrava. Depois anda tudo de consciência e cabeça anestesiada a fingir que está tudo bem.
Mas não está.

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