18/12/2014

Victoria´s Secret: o segredo.

O segredo da Victoria's Secret é muito simples e conta-se em poucas linhas: fazer um super show a passar em tudo o que é televisões, telejornais, revistas com "anjinhos" com direito a asas (as mais valiosas) e outras sem as asas, mas todas num corpo (des)coberto absolutamente fabuloso em soutien e cuecas reduzidos, saltos altos vertiginosos, meias suspensas por ligas, cheias de plumas, purpurina e pedras preciosas (de milhões) para vender roupa que é uma porcaria  para as mulheres "normais" (= sem corpo de vertigem).
Não joga a bota com a perdigota. Ou esta gente se engana ou anda a enganar.
Os corpos das modelos fazem inveja até às pedras da calçada e as mulheres comuns ficam com aquele nervoso miudinho a chamar nomes à natureza que deu tanto a tão poucos e tão pouco a tantos (grupo em que se incluem). Isso já deu muito que falar, muita polémica.
As "pobres" rapariguinhas "normais" que olham para aquilo e ato contínuo é caírem em frustração porque não alcançam ter corpos de estalão, musculados e "siliconizados" nas doses certas para uma forma perfeita e de cair para o lado, sim.
Agora vamos ao segredo da Vitoria's Secret: pôr as rapariga de corpinho ao léu num espectáculo que termina com duas em reduzidas pedras preciosas de milhões para vender ao comum dos mortais roupa interior que não presta para nada.
Há aqui qualquer coisa que não dá certo para as mulheres: as que compram mas não têm o corpinho para dar ao manifesto nos shows da Vitória merecem coisinhas melhores do que as coisas de má qualidade que vendem nas lojas. Uma porcaria que atira a Oysho (grupo Inditex) para a categoria de "premium" e nem chega aos calcanhares da cangalhada da Primark (onde comprei um top por indicação de uma Londinense que ainda me dura hoje). Para não falar da Dim, da Triumph e ...da La Perla...
Agora vamos à história da Vitória: parece que havia um homem que queria comprar roupa interior para a mulher. Mas - vá-se lá saber porquê - não ia com a dita (porque devia andar ocupada com outros afazeres: com um marido destes também a compreendo). Então teve a brilhante ideia de criar lojas de roupa interior (de mulheres) em que as empregadas vestissem a roupa interior para que ele visse com os seus próprios olhos como é que ficavam no corpinho, o que é sempre bom (não há nada como a experiência). Não cheguei a perceber se também dava direito a apalpar os tecidos (também é importante para testar a qualidade). Parece que o homem acabou mal mas antes disso vendeu a empresa por um preço exorbitante (isto é tudo de vertigem) ao raça do atual proprietário que não anda a apalpar nem a mandar as empregadas vestir a roupa interior na privacidade das lojas mas teve uma ideia muito mais brilhante: fazer isso em público e com efeitos mediáticos de dimensão mundial. A única diferença é que as veste com lingerie exuberante e  vai vender nas lojas  porcarias a preços ... exorbitantes.
Se isso não fosse nas Américas e na Europa eu  dizia que era o negócio da China.
Agora, para atirar areia para os olhos, depois da polémica sobre o exibicionismo destes shows, manda o recadinho pela portuguesa Sara Sampaio. Porque, coitadita da moça, não pode ter o corpo da não-sei-quantas (se não souberem do que estou a falar: vejam o vídeo, em baixo).
Pena é que o homem pensa que as mulheres são parvas. E dá nisto.Como os homens gostam, passa na televisão.

Depois venham-me falar da ..... da"igualdade de géneros", venham, que eu mando-os todos mas é à .....


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